O Cigano Lélo foi hospitalizado e os filhos, netos e bisnetos vieram de todos os cantos do mundo.
Os médicos deixaram que os parentes levassem-no para a sua casa, para cumprir seu último desejo: O de morrer em casa, ao lado de seus queridos.
Foi para o quarto e as visitas foram se revezando para tentar consolar e dar conforto ao Lélo em seu derradeiro momento.
De repente o Lélo sentiu um aroma maravilhoso que vinha da cozinha.
Era a Léla tirando do forno uma fornada de pasteis de nata.
Os olhos do Lélo brilharam e ele se reanimou.
Então, o Lélo pediu ao bisneto que estava ao lado da cama dele:
'Aiii, vai na cojina e pede um patel de nata pra Léla.'
O guri foi e voltou muito rápido...
'E a Léla?' - perguntou o Lélo.
'Ai a Léla disse que não !'
'Aiii que merd*, mas que Put* de vida desgraçada! Que porra filha da put* falô?'
"A Léla disse... que os pasteis... é pro velório."
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